O chefe-adjunto do Departamento Econômico do Banco Central, Fernando Rocha, afirmou nesta quinta-feira, 24, que a queda das concessões médias de crédito, registrada em julho, está ligada a um efeito sazonal. Segundo ele, em julho há tendência histórica de redução dessas concessões.

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“Em junho, no crédito rural, o plano safra se encerra e os bancos cumprem as exigibilidades. Nos outros meses, o desempenho é mais normal”, disse Rocha, ao justificar parte da redução dos recursos das concessões em julho.

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O fato de as concessões terem subido em junho de forma “significativa” também contribui para que, em julho, haja queda, em função da comparação entre os meses, diz Rocha.

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De acordo com os dados divulgados nesta quinta pelo BC, as concessões médias cederam 12,6% em julho ante junho. No caso do crédito livre, as concessões desabaram 10,6% e, no direcionado, cederam 28,9%.

“Temos modalidades de crédito de pessoas físicas em que também ocorrem isso (redução das concessões em julho). A impressão é de que tem a ver com ciclos”, afirma Rocha. “A pessoa faz a modalidade (de crédito) em junho, vai para as férias e não saca (recursos) em julho”, pontuou.

Saldo

Rocha afirmou ainda que a redução do saldo de crédito em julho está ligado principalmente ao crédito livre. “O saldo de pessoa jurídica seguiu em queda e de pessoa física permaneceu em crescimento”, afirmou.