O Banco Central prevê redução do ritmo no ingresso de Investimento Direto no País (IDP) nos últimos dois meses de 2017 na comparação com o ano passado. Para novembro, o BC prevê entrada líquida de US$ 4 bilhões, sendo que a parcial até o dia 21 registra entrada de US$ 2,4 bilhões. Um ano antes, em novembro de 2016, o ingresso alcançou US$ 7,970 bilhões. Confirmada a previsão de US$ 4 bilhões, haverá queda de 49,8% na comparação anual na entrada de investimento direto.

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Diante da previsão de que o Brasil deve encerrar o ano com entrada de US$ 75 bilhões em IDP, o chefe do Departamento de Estatísticas do BC, Fernando Rocha, citou nesta quinta-feira, 23, que a previsão é, portanto, de entrada entre US$ 10 bilhões e US$ 11 bilhões em dezembro para completar o montante esperado para o ano. Em dezembro de 2016, o Brasil recebeu US$ 15,286 bilhões. Confirmada a previsão, haveria redução de até 34% no ingresso.

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Rocha mencionou que a queda é explicada especialmente pelo efeito comparação, já que nos últimos meses de 2016 houve fluxo acima do esperado – fenômeno que não deve se repetir neste ano. Apesar da entrada de investimento produtivo menor que a vista no ano passado, Fernando Rocha nota que as cifras estão “alinhadas com a projeção para o ano de US$ 75 bilhões”.

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Confirmados, os números citados por Rocha levariam o ingresso de IDP cair do atual patamar equivalente a 4,1% do PIB para próximo de 3,7% do PIB. “O que é um montante bastante significativo e muito superior ao déficit em conta corrente e mostra a situação de conforto no financiamento externo”, disse. Para o ano, o BC prevê déficit em transações correntes de US$ 30 bilhões ou 1,42% do PIB.

Saída líquida em ações

O chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central afirmou ainda que, em novembro, até o dia 21, o País registra saída líquida de US$ 613 milhões em ações. No caso da renda fixa, há saída líquida de US$ 20 milhões no período.

“A continuar assim, a renda fixa estará próxima do que esperamos para o ano”, disse Rocha. O BC projeta entrada líquida de US$ 3,0 bilhões em ações em 2017 e saldo zero no caso da renda fixa.

Rocha pontuou ainda que, no que diz respeito à dívida externa, a rolagem registrada em outubro esteve próxima de 100%, o que não gerou “grande necessidade de financiamento adicional”. Pelos dados divulgados mais cedo pelo BC, a rolagem total atingiu 92% em outubro.

Já em novembro, até o dia 21, a taxa de rolagem total está em 66%. Isso é fruto de taxa de rolagem de 132% no caso de empréstimos diretos e de 14% em títulos de longo prazo.