O Federal Reserve (Fed, banco central americano) fez uma avaliação um pouco mais otimista da perspectiva econômica dos EUA, mas deixou a taxa de juro perto de zero (entre zero e 0,25% ao ano) para apoiar a recuperação. Um dia antes de o presidente do Fed, Ben Bernanke, enfrentar uma dura votação no Senado para conseguir um segundo mandato, o presidente do Fed de Kansas City, Thomas Hoenig, votou contra manter as taxas tão baixas. Veterano do Fed, Hoenig está preocupado que o estímulo dado para conter a crise possa ativar a inflação.

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O comitê de política monetária do Fed (Fomc) manteve hoje o plano de encerrar suas compras de hipotecas no fim de março e deixar a maior parte de seus programas de empréstimos de emergência expirar na data prevista, 1º de fevereiro. Superado o pior da crise financeira, o Fed está gradualmente removendo o imenso estímulo injetado na economia.

O Fomc tirou uma sentença de seu comunicado, a de que a economia deve “continuar fraca por algum tempo”, que aparecia desde abril de 2009, e a mudou para “o ritmo da recuperação econômica deve ser moderada por algum tempo”. O Fomc também disse que a atividade econômica continuou se “fortalecendo”, um tom mais otimista do que o termo “pick up” usado em dezembro.

Apesar do cenário melhor, o Fed reiterou que as taxas dos Federal Funds continuarão no recorde de baixa por “um período prolongado” em face do desemprego ainda alto e da inflação baixa.

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Hoenig acredita que as condições econômicas e financeiras mudaram o suficiente para que as expectativas de juro baixo não devessem continuar garantidas.

Com a economia gradualmente melhorando, o Fed disse que planeja encerrar as compras de US$ 1,25 trilhão em títulos lastreados em hipotecas e de cerca de US$ 175 bilhões em dívidas de agências até 31 de março, como o previsto. As informações são da Dow Jones.

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