A taxa básica de juros da economia deve terminar 2004 em 16% ao ano, o mesmo patamar em que está desde março. Essa é a estimativa do mercado financeiro, segundo a pesquisa semanal Focus, realizada pelo BC e divulgada ontem. De acordo com o levantamento, o mercado não espera que a taxa seja modificada na reunião do Copom (Comitê de Política Monetária deste mês. Para o final do ano, os analistas elevaram a sua estimativa pela terceira semana consecutiva, que passou de 15,25% para 16% no período.
Na ata da última reunião, o BC afirmou que tomaria uma postura mais ?ativa? em relação à política monetária para conter a inflação. Na avaliação do mercado, esta foi uma sinalização de que o BC não deixará de elevá-la, caso seja necessário.
Em relação ao dólar, o mercado manteve a previsão para agosto em R$ 3,05. Para 2004, a expectativa do dólar também não foi alterada, e está em R$ 3,10 para o final de dezembro e R$ 3,03 na média do ano.
Inflação
O mercado financeiro elevou a expectativa de inflação para o ano e para os próximos 12 meses em relação aos preços no atacado e no varejo.
Segundo dados da pesquisa Focus, a estimativa para o IPCA para 2004, utilizado como meta de inflação, subiu para 7,20%, ante 7,05% há quatro semanas. A meta é de 5,5%, com um intervalo de tolerância até 8%. Para 12 meses, a expectativa passou de 6,26% para 6,40% no mesmo tipo de comparação.
Já as estimativas para o crescimento da economia e para a balança comercial melhoraram em relação às pesquisas anteriores. A média das previsões é de uma expansão do PIB de 3,79% neste ano, contra 3,52% na estimativa de quatro semanas atrás. A meta do governo é um crescimento de 3,5% a 4%. Para a balança, o superávit projetado é de US$ 29,7 bilhões.