O Banco Central da Rússia manteve a taxa básica de juros em 11% nesta sexta-feira, citando riscos inflacionários. A instituição reiterou, porém, seu compromisso de começar a cortar a taxa se a inflação desacelerar, conforme esperado, no próximo ano.

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Empresários e políticos do país queriam um corte nos juros, em meio a uma crise econômica e financeira. A decisão, por outro lado, veio em linha com a expectativa do mercado, mas não apoiou o rublo, que é um risco para a inflação no país. O rublo se enfraquecia a 69,80 ante o dólar, quase estável em comparação com os 69,75 rublos ante a moeda americana logo antes do anúncio. Hoje, o rublo é movido, na verdade, pela queda nos preços do petróleo, além da perspectiva econômica fraca para a Rússia. A moeda perdeu 11% de seu valor ante o dólar desde o último corte nos juros do BC, em julho.

O governo russo proibiu a importação de alimentos da Turquia, em retaliação à derrubada de um avião de combate russo na região da fronteira entre Turquia e Síria em novembro. Isso deve acrescentar até 0,4 ponto porcentual para a inflação já alta no país, disse o banco central.

O BC russo reiterou o compromisso de reduzir os juros no futuro próximo, baseando-se em suas projeções de inflação para o fim do próximo ano. A inflação deve desacelerar para 6% até o fim do próximo ano, de 14,8% atualmente. O BC disse que, caso a inflação desacelere como previsto, ele retomará o corte na taxa de juros “em uma das próximas reuniões do comitê” de política monetária.

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Em relação ao crescimento, o BC russo prevê que o Produto Interno Bruto (PIB) fique entre a estabilidade e um avanço de 1% em 2017, após recuar entre 0,5% e 1% no próximo ano.

A taxa básica de juros permanece acima de 10,5%, no nível em que estava antes da elevação emergencial de dezembro de 2014, para 17%, que ajudou a estabilizar o rublo. A próxima reunião do BC está marcada para 29 de janeiro. Fonte: Dow Jones Newswires.

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