O Banco Central da Grécia pediu que o governo de esquerda do país implemente reformas e privatizações fechadas em acordo com os credores do país. A instituição advertiu, porém, que a ênfase na elevação de impostos representa a maior ameaça para uma economia ainda em dificuldades.
Em seu relatório monetário anual publicado nesta quarta-feira, o banco central disse que o principal risco para a economia grega neste ano vem da ênfase excessiva em elevações de impostos, voltadas para o cumprimento de demandas de austeridade feitas pelos credores internacionais – os países da zona do euro e o Fundo Monetário Internacional (FMI) -, em troca de mais ajuda financeira. Segundo o BC, porém, qualquer atraso na implementação de reformas e privatizações previstas no programa afetaria o crescimento econômico e impulsionaria a incerteza, minando a confiança e “reduzindo a perspectiva de uma saída definitiva da crise”.
O resultado do plebiscito no Reino Unido sobre se o país fica na União Europeia ou deixa o bloco, no dia 23, e uma possível piora na crise de refugiados também foram riscos econômicos citados pelo banco central em seu relatório.
A economia grega enfrenta dificuldades há sete anos e encolheu mais de um quarto neste período. O BC grego prevê que a economia encolha mais 0,3% neste ano.
O banco central também entrou no debate sobre um alívio da dívida grega e concordou com os argumentos do FMI sobre o tema. Segundo o BC, poucos países conseguiram um superávit primário de 3,5% do Produto Interno Bruto (PIB), como demandado para a Grécia para 2018, e essa meta deve ser reduzida para 2% do PIB para permitir um retorno mais rápido do crescimento sustentável. Fonte: Dow Jones Newswires.