BC da China prepara lançamento de novas ferramentas

O presidente do Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês), Zhou Xiaochuan, confirmou que a autoridade está preparando o lançamento de uma série de ferramentas de política monetária para conduzir as taxas de juros nos mercados monetários. Isso incluiria diferenciar taxas de curto e médio prazo.

Em coletiva de imprensa às margens do Diálogo Estratégico e Econômico entre China e EUA, Zhou esclareceu que o objetivo final é permitir que o PBoC faça uso do mercado monetário para transmitir as políticas desejadas pela instituição.

O presidente do banco central explicou que desde a crise financeira as taxas de curto e médio prazo têm se movimentado de modo distinto, entrando em choque com a teoria econômica, que diz que elas deveriam se mover na mesma direção. Para resolver essa questão, o PBoC está preparando “dois ou três conjuntos de ferramentas”. “Um conjunto de ferramentas é para gerenciar a liquidez de curto prazo e as taxas de curto prazo. Outro conjunto de ferramentas será usado para guiar as taxas de médio prazo”, disse.

Zhou não detalhou como serão esses instrumentos, mas deixou claro que o PBoC está criando novas ferramentas com base nas experiências de outros bancos centrais. Ele citou as LTRO (Operações de Refinanciamento de Longo Prazo) do Banco Central Europeu (BCE) como um exemplo. Onde o PBoC não exigia garantias prévias quando conduzia operações de refinanciamento no mercado, os novos instrumentos exigirão, em linha com as práticas internacionais, disse.

Questionado sobre o prazo de dois anos para a reforma dos juros, Zhou reforçou que o PBoC tenta alcançar a meta como parte de um cronograma interno, mas quer concluir o processo o quanto antes, a depender das condições econômicas.

Ao falar sobre a taxa de câmbio, o presidente do banco central também repetiu que a reforma cambial tem como objetivo manter o yuan estável a um nível razoável e equilibrado. No entanto, ele reforçou que o PBoC quer ampliar a faixa de negociação da moeda e explicou que a autoridade monetária vai reduzir as intervenções quando as condições permitirem. Fonte: Market News International.

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