O Banco Central está confiante de que as instituições financeiras oferecerão linhas de crédito para os clientes que usarem 30 dias o crédito rotativo. Apesar de essa oferta não ser obrigatória, o diretor de regulação, Otávio Damaso, acredita que as instituições bancárias darão uma porta de saída do cartão de crédito com juros mais baratos. Com essa operação, o risco de calote no rotativo cairá e, assim, a taxa de juro deve ser diminuída.

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“A instituição financeira já tem o cliente e é vantagem manter esse consumidor de forma sustentável. Então, a expectativa é que as instituições ofereçam o crédito”, disse Damaso ao comentar a medida que vai limitar o uso do crédito rotativo a apenas 30 dias. Após esse período, o cliente precisa quitar a dívida ou rola a operação com a contratação de outra linha “mais competitiva”, informa o BC.

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Com esse limite do uso do crédito rotativo e a transferência para uma operação considerada mais segura – como o crédito pessoal, o BC diz que a expectativa é que haja redução do juro cobrado no rotativo. “É uma medida importante porque traz um componente de mitigação de risco. E isso será refletido (no juro). Nossa expectativa é que haja redução”, disse, ao comentar que a adoção à nova regra é obrigatória até abril, mas a oferta de crédito alternativo é facultativa.

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No fim de dezembro, o presidente Michel Temer e o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, confirmaram que o governo tomaria medidas na área de cartões de crédito. Na época, Meirelles havia afirmado que o CMN decidiria, na reunião de janeiro, pela limitação do prazo do crédito rotativo em 30 dias. Depois disso, o saldo seria parcelado em até 24 vezes, com taxas de juros menores que a do rotativo.

O juro do rotativo do cartão de crédito fechou 2016 em 484,6% ao ano – a maior taxa da série histórica do Banco Central. Já o crédito parcelado no cartão de crédito terminou com juro de 153,8% ao ano.