Em ata divulgada nesta quinta-feira, 10, o Comitê de Política Monetária (Copom) informou que mudou sua premissa para o câmbio de R$ 3,25 para R$ 3,55 pelo cenário de referência. O valor considerado para o dólar está abaixo do valor negociado no dia em que o colegiado decidiu manter a Selic de 14,25% ao ano. Na quarta-feira passada, o dólar à vista fechou em R$ 3,7530, o maior patamar até então desde 12 de dezembro de 2002.

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Nesta quinta, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, que concederia uma teleconferência à imprensa estrangeira, cancelou a atividade para acompanhar a reação do mercado doméstico à notícia de rebaixamento do Brasil pela agência de classificação de risco S&P.

A cotação, porém, é mais elevada do que a de R$ 3,15 considerada na ata anterior. Apesar desse ajuste feito pelo BC, a premissa usada na ata do Copom já está desatualizada, já que ontem, a moeda americana terminou o dia cotada a R$ 3,7980.

Para os juros, o colegiado considerou a taxa de 14,25% ao ano.

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O realinhamento dos preços domésticos em relação aos internacionais – via alta do dólar – vem sendo apontado pelo BC como um dos principais fatores de pressão para a inflação no curto prazo ao lado do ajuste de preços administrados ou monitorados pelo governo.

Além de promover a rolagem integral dos vencimentos de contratos de swap cambial e de também rolar os prazos para leilão de linha, o BC injetou no início desta semana US$ 3 bilhões no mercado também pelo instrumento de venda de dólares com garantia de recompra para conter o apetite por dólar físico. Estas medidas visam a tentar conter a volatilidade da moeda norte-americana.

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