economia

BC avalia que tem avançado no controle da inflação

O diretor de política monetária do Banco Central (BC), Reinaldo Le Grazie, afirmou que a autoridade monetária tem conseguido resultados significativos no controle da inflação e na ancoragem das expectativas do mercado. “A consolidação destas bases, aliada à agenda de ações modernizadoras, são aspectos fundamentais para que entreguemos um sistema financeiro cada vez mais sólido e eficiente no ambiente de estabilidade monetária”, disse hoje, em discurso no Congresso Internacional de Mercados Financeiros e de Capitais, organizado pela B3.

Le Grazie afirmou que o cenário que está se firmando na economia brasileira é cada vez mais positivo. “Os juros estão mais baixos, a inflação está controlada, o País vai crescer e, consequentemente, o mercado financeiro também”, avaliou, ressaltando que a infraestrutura do sistema está preparada para este crescimento.

O diretor do BC destacou em seu discurso a Agenda BC+, que tem como objetivo modernizar e dar mais eficiência ao sistema financeiro brasileiro e também ao sistema de pagamentos. Uma das preocupações do BC, disse ele, é tornar os meios de pagamentos mais inclusivos, interoperáveis e eficientes.

Ainda no mercado de cartões, Le Grazie disse que o BC trabalha para a implementação da liquidação centralizada dos arranjos de cartões de crédito, que está programada para novembro. “Ao centralizar a liquidação das transações de pagamento em uma única infraestrutura, se elimina a necessidade de cada participante estabelecer conexão a vários sistemas de liquidação, reduzindo custos ao conjunto dos participantes, e proporciona ambiente mais seguro”, afirmou o executivo, ressaltado que a expectativa é de melhores serviços e menores preços.

Integração

Le Grazie avaliou também que a integração das clearings da B3 (empresa resultante da fusão entre a BM&FBovespa e a Cetip) representa um avanço do modelo de gestão de risco do mercado. Na segunda-feira, dia 28, as ações estarão na nova claering da B3, em um processo que injetará ao mercado uma liquidez entre R$ 17 bilhões e R$ 19 bilhões. Além das ações, irão para a nova clearing BTC e ativos privados.

Le Grazie disse, ainda, que neste fim de semana há mais de 600 pessoas da B3 trabalhando na integração das clearings, incluindo o vice-presidente de Clearing da B3, Cícero Vieira, que estava no Congresso, mas voltou para São Paulo para acompanhar a migração das ações para a nova clearing. “Todos estão trabalhando para uma transição suave”, disse.

A liquidez devolvida ao mercado ocorre por conta do ganho de eficiência nos depósitos dados como garantias pelos investidores. As garantias depositadas pelos participantes do mercado na B3 somavam, no fim de junho, R$ 277,8 bilhões, sendo parte relevante em títulos públicos federais.

A segunda fase da integração das clearings da companhia ocorrerá três anos após a ida dos derivativos para a nova câmara, que devolveu ao mercado uma liquidez de cerca de R$ 20 bilhões. A integração das quatro clearings consumiu grande parte dos investimentos da BM&FBovespa, hoje a B3, nos últimos anos.

A Bolsa contava com quatro clearings herdadas da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) e da Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F) antes da fusão em 2008, para os mercados de ações, derivativos, câmbio e títulos públicos.

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