O Chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central, Fernando Rocha, afirmou nesta terça-feira, 26, que a elevação do déficit em conta corrente esperada para 2018 está em linha com o crescimento econômico projetado. O BC estima déficit em conta de US$ 16,0 bilhões em 2017 e de US$ 30,0 bilhões em 2018.

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Em grande parte, essa diferença se deve às projeções para a balança comercial. Com a economia em recuperação, espera-se que as importações aumentem em 2018, reduzindo o superávit comercial. As projeções do BC são de superávit comercial de US$ 61,0 bilhões em 2017 e de US$ 51,0 bilhões em 2018. “O superávit comercial, que deve ser recorde em 2017, vai para US$ 51,0 bilhões em 2018. Ainda assim, será o segundo maior da série”, disse. “É natural que, com a recuperação da atividade, as importações subam.”

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No caso da conta de serviços, o principal destaque é a previsão de aumento do déficit em viagens, de US$ 13,5 bilhões em 2017 para US$ 17,3 bilhões em 2018. Também é de se esperar, conforme Rocha, um aumento na remessa de lucros e dividendos de 2017 para 2018 – de US$ 23,0 bilhões para US$ 25,5 bilhões, conforme as projeções do BC. Isso também estaria ligado à melhora da atividade, com as empresas tendo mais espaço para remeter ganhos.

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No caso do Investimento Direto no País (IDP), as projeções do BC indicam saldo de US$ 75,0 bilhões em 2017 e US$ 80,0 bilhões em 2018. Neste caso, a melhora de um ano para outro estaria ligada à maior atividade doméstica, mas também aos projetos de concessão que estão em andamento.