O chefe-adjunto do Departamento Econômico do Banco Central, Fernando Rocha, disse nesta quarta-feira, 30, que o câmbio foi responsável pela alta da dívida líquida em julho. No mês passado, o câmbio apreciou 5,37%, o que teve um efeito de R$ 54,7 bilhões na dívida (0,9 ponto porcentual da dívida).
“O setor público é credor em moeda estrangeira. Por isso, quando há apreciação do câmbio, a dívida líquida aumenta”, explicou Rocha. “Já no caso da dívida bruta, o efeito é o contrário. A apreciação do câmbio ajuda a reduzir a dívida bruta”, completou.
Rocha informou ainda as estimativas do Banco Central para agosto, considerando um câmbio de R$ 3,16. Nos cálculos do BC, a dívida líquida deve chegar a 50,8% do PIB neste mês (50,1% do PIB em julho) e a dívida bruta deve ir a 74,3% do PIB (73,8% do PIB em julho). Ambos os patamares serão recordes nas séries históricas da autoridade monetária.