O Banco Central revisou nesta segunda-feira, 26, suas projeções para o comportamento do setor externo em 2016. A previsão para o rombo das transações correntes, que estava em US$ 15,0 bilhões em maio, passou agora para US$ 18,00 bilhões. A primeira projeção, apresentada em dezembro do ano passado, era de US$ 41,0 bilhões.

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No caso da balança comercial, a estimativa de superávit para 2016 passou de US$ 50,0 bilhões para US$ 49,0 bilhões. A nova projeção surge em meio a mudanças no patamar do dólar entre o fim de maio e o fim de agosto, sendo que a moeda americana perdeu no período cerca de 10% do valor. Um dólar mais baixo é fator de desestímulo para os exportadores. No fim do ano passado, a estimativa do BC para a balança comercial era de superávit de US$ 30 bilhões.

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O resultado da balança comercial em 2016, pelas projeções do BC, será formado por exportações de US$ 190 bilhões, mesmo volume da última previsão, e importações de US$ 141 bilhões, ante os US$ 140 bilhões de importação da projeção anterior. A primeira estimativa para 2016 era de exportações de US$ 190 bilhões e importações de US$ 160 bilhões.

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O BC acredita que o Investimento Direto no País (IDP) seguirá forte e manteve sua previsão de US$ 70 bilhões de entradas neste ano. A primeira estimativa, feita no encerramento de 2015, era de US$ 60 bilhões. O volume esperado para 2016 será, portanto, mais do que suficiente para cobrir o déficit externo previsto.

O BC elevou de US$ 6 bilhões para US$ 7,5 bilhões os gastos previstos dos brasileiros no exterior em 2016, já descontados os recursos deixados no Brasil pelos estrangeiros. Em dezembro de 2015, o valor previsto para este ano era de US$ 9 bilhões.

A instituição também revisou sua expectativa para gasto com juro em 2016, que será de US$ 21,2 bilhões, ante US$ 21,0 bilhões da previsão anterior e de US$ 20,9 bilhões da projeção feita em dezembro. Sobre a remessa de lucros e dividendos ao longo do ano, a projeção do BC é de saída de US$ 19 bilhões, mesmo valor visto em maio. Em dezembro, era de US$ 20 bilhões.

A instituição previu ainda que o investimento em ações em 2016 será de US$ 9,0 bilhões, ante os US$ 4,0 bilhões da revisão passada. Na primeira estimativa do ano, estava em US$ 6 bilhões.

Já para a renda fixa, o BC prevê saídas de US$ 18,0 bilhões. Há três meses, o BC estimava saídas de US$ 12,5 bilhões e, na primeira apresentação para os dados de 2016, de US$ 6 bilhões.