O chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Tulio Maciel, reconheceu que o governo está mais distante de atingir sua meta fiscal. Segundo ele, os déficits de maio e junho tornam a obtenção da meta mais distante. “Exigirá esforço maior do governo para obtê-la”, disse. “Isso não significa que não seja possível alcançá-la. O Tesouro (Nacional) trabalha nesse sentido”., completou.
Questionado sobre o que permitirá o cumprimento da meta, Maciel afirmou que se trata de um esforço de execução orçamentária e que a questão deve ser endereçada ao Tesouro Nacional. Perguntado sobre se o Banco Central concorda com a avaliação do secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, de que a atividade econômica será melhor no segundo semestre deste ano, Maciel evitou se comprometer.
“O detalhamento da execução cabe ao Tesouro trazer. Acreditamos em PIB de 1,6% no ano”, disse, em referência à projeção divulgada no último Relatório Trimestral de Inflação. Sobre a arrecadação com Refis, também citada ontem por Augustin, Maciel disse: “Existe uma programação para o ano e ela considera receitas extraordinárias, isso não é nada de novo”.
Maciel lembrou ainda que o Banco Central vem mencionando que o fiscal caminha para a neutralidade. “O relevante é o impulso fiscal. … Os resultados recentes não têm mudado isso”, disse.