BB estuda a captação de R$ 10 bilhões em Nova York

O Banco do Brasil (BB) estuda captar o equivalente a até R$ 10 bilhões na Bolsa de Nova York. Na semana passada, o presidente da instituição, Aldemir Bendine, já havia dito que o BB deve lançar, até o fim do ano, recibos de ações (os chamados ADRs) no mercado americano. Seriam ADRs de nível 1, que não implicam emissão de novos papéis e, portanto, não resultam em dinheiro no caixa. A principal vantagem seria aumentar a liquidez das ações. Mas o Grupo Estado apurou que o BB deve ampliar a operação e captar recursos com ADRs de nível 2 (negociados no pregão de Nova York).

Segundo fontes de mercado, a opção de restringir a operação a Nova York, excluindo a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), é explicada pela possibilidade de o investidor estrangeiro não pagar Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Quando o governo anunciou a taxação de 2% do investimento estrangeiro em ações e renda fixa no País, vários analistas alertaram que a medida poderia atrapalhar os planos de empresas que tinham – e têm – o objetivo de se capitalizar. O banco de investimentos BTG Pactual está estruturando a operação.

O maior empecilho para que a ideia se concretize no curto prazo é o fato de o BB ainda não estar adequado às regras para ter ADRs de nível 2, mais rígidas do que para os de nível 1. Procurado, o banco não se pronunciou.