O Banco do Brasil (BB) tomou ontem uma decisão administrativa para tentar forçar o fim da greve. A instituição apresentou a seus funcionários uma proposta de redução do desconto dos dias parados caso o retorno ao trabalho seja imediato. Segundo a assessoria do BB, quem voltar ao trabalho terá um terço dos dias parados descontado, um terço perdoado e um terço será compensado.

Mas a instituição informou que manteve – em linha com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) – a proposta de reajuste de 8,5% a 12,7%, de acordo com a faixa salarial. Hoje, o BB confirmou por intermédio de sua assessoria que pediu reforço à Polícia Militar (PM) do Distrito Federal para garantir a entrada nas agências de Brasília dos funcionários que queriam trabalhar.

Já a direção da Caixa Econômica Federal (CEF) comunicou ontem que não haverá qualquer acordo com os funcionários sobre compensação dos dias parados. O banco informou ainda que continua seguindo as decisões da Fenaban.

Com o impasse, a Confederação dos Trabalhadores de Empresas de Crédito (Contec) – que diz que representa parte da categoria dos bancários – estuda entrar no Tribunal Superior do Trabalho (TST) com um pedido de dissídio coletivo para destravar as discussões. A informação é do presidente da entidade, Lourenço do Prado, que foi recebido esta semana pelo presidente do tribunal, ministro Vantuil Abdala.

Abdala fez ontem uma nova tentativa de aproximação entre bancos e bancários para evitar que a questão do reajuste seja decidida pela Justiça. A Fenaban preferiu manter a posição tomada na sexta-feira da semana passada, de encerrar as negociações com os bancários e manter o aumento proposto.

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