Os novos prefeitos das 5.570 cidades do País poderão se capacitar em gestão pública no próximo ano por meio de cursos oferecidos pelo Banco do Brasil. O banco decidiu ampliar as aulas online para formação profissional e também de temas específicos da administração municipal. Os cursos serão oferecidos não apenas para os chefes do Executivo, mas também para secretários e assessores.

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O projeto-piloto do curso foi lançado em dezembro do ano passado. Desde então, o banco já capacitou mais de 4 mil gestores públicos em 11 Estados. Os cursos foram elaborados pela universidade corporativa do BB em parceria com órgãos públicos especialistas nos temas, como o Tribunal de Contas da União, o Ministério do Meio Ambiente e o Ministério do Planejamento.

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O BB optou por estender a experiência da universidade corporativa do banco, antes restrita aos funcionários, aos gestores municipais depois de verificar que muitas cidades deixam de buscar os recursos federais disponíveis para financiamento dos projetos apenas por desconhecerem as etapas do processo ou como fazer a prestação de contas. O banco é responsável por repasses constitucionais, o que inclui automaticamente as prefeituras em sua carteira de clientes. No acumulado de janeiro a setembro deste ano, foram repassados R$ 60 bilhões para municípios.

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A experiência da universidade corporativa do banco na produção exclusiva de conteúdos para não funcionários é pioneira. Criada em 2002, a UniBB foi escolhida no ano passado como a melhor universidade corporativa do mundo, segundo o instituto europeu Global Council of Corporate Universities.

Os cursos mais acessados são de orçamento público, gestão municipal e educação financeira. Há opções para aulas sobre a gestão de lixos e regimes de previdência e outros 40 cursos ligados à gestão municipal. As prefeituras campeãs no acesso são as paulistas Campinas, Sertãozinho e Santo André.

Formação. O atual prefeito de Bauru, Rodrigo Agostinho, diz que a formação é uma das poucas aliadas no enfrentamento da administração das prefeituras no momento crise. “Não tem mais espaço para amadorismo na gestão pública”, afirma Agostinho.

Para pagar o funcionalismo em dia, Bauru fez cortes drásticos nos investimentos, conta o prefeito. Encerrando seu segundo mandato, ele lembra as dificuldades da época em que estreou como prefeito. “A prática se mostra muito mais cruel do que a visão que temos quando somos candidatos”, diz o prefeito, que é formado em direito e se queixa especialmente da burocracia do sistema público.

Ao todo, 22 gestores e servidores graduados da prefeitura concluíram 87 cursos da universidade corporativa do BB. Para incentivar a formação, a prefeitura passou a dar aumento de até 15% nos salários para as especializações. “Servidores que só tinham cursos profissionalizantes agora estão fazendo até doutorado”, afirma o prefeito. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.