A Europa deve continuar avançando com seu projeto de união bancária para ajudar a região a sair de uma crise econômica e fiscal cujo fim agora “é visível”, disse hoje o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso.
Em seu discurso anual no Parlamento Europeu, Barroso disse que os europeus estão “começando a convencer” os mercados financeiros e seus parceiros que estão deixando para trás uma crise que levou cinco países a buscar programas de resgate e causou uma recessão duradoura.
“Claro que precisamos ficar vigilantes…um trimestre positivo não significa que deixamos a tempestade econômica. Mas prova que estamos no caminho certo”, disse Barroso, referindo-se ao fato de a zona do euro ter saído da recessão no segundo trimestre.
Barroso defendeu que a comissão – braço executivo da UE -, parlamentares e países-membros usem os últimos nove meses do mandato parlamentar atual para fazer progressos em reformas importantes, começando pela união bancária e pela conclusão do mecanismo único de resolução, que lidará com bancos em estado de falência.
A eleição para a renovação do Parlamento Europeu está marcada para maio de 2014. Já a nova Comissão Europeia toma posse durante o outono no hemisfério norte. A expectativa é que Barroso renuncie após completar seu segundo mandato no cargo.
“O que podemos e devemos fazer, antes de qualquer coisa, é definir a união bancária. É a primeira e mais urgente forma de completarmos nossa união”, argumentou Barroso.
Num discurso abrangente, que citou da crise da Síria às propostas da UE para reformas no setor de telecomunicações, Barroso também alertou que “a essa altura, com uma recuperação frágil, o maior risco de baixa que vejo é político”.
Barroso reconheceu ainda as dolorosas reformas que países como a Grécia, Espanha e outros fizeram, mas afirmou que a UE equilibrou cuidadosamente as demandas das nações em dificuldades por mais assistência financeira com a relutância dos contribuintes nos Estados mais ricos de oferecer ajuda. Fonte: Dow Jones Newswires.