Barril de petróleo fecha a US$ 46,75 e bate novo recorde

O barril do petróleo do tipo cru para entrega em setembro, negociado na Bolsa Mercantil de Nova York, fechou cotado a US$ 46,75 ontem, novo recorde para um encerramento em Nova York. A diminuição dos temores sobre a oferta de petróleo da Venezuela com a vitória do presidente venezuelano Hugo Chávez no referendo ocorrido no último domingo e o anúncio da petrolífera russa Yukos de que conseguirá atender as exportações até setembro não bastaram para interromper a escalada de preços do petróleo.

O barril do petróleo cru para setembro chegou a atingir na jornada de ontem US$ 46,90, aproximando-se do recorde histórico de anteontem, US$ 46,91. Em Londres, o barril do petróleo Brent para outubro, por sua vez, fechou cotado a US$ 42,72. No dia anterior o contrato para setembro chegou a atingir o recorde histórico de US$ 44,11 durante a jornada.

O presidente Hugo Chávez proporcionou estabilidade aos mercados petrolíferos após sua vitória no referendo ocorrido no domingo. O resultado foi aprovado pelos observadores internacionais presentes, liderados pelo Centro Carter – do ex-presidente norte-americano Jimmy Carter -e pela OEA (Organização dos Estados Americanos), apesar das acusações de fraude por parte dos oposicionistas.

A petrolífera russa Yukos perdeu ontem uma apelação para a suspensão da determinação judicial para cobrança de US$ 3,4 bilhões em impostos não pagos referentes a 2000, segundo a agência de notícias Interfax.

Petrobras espera “acomodação”

A Petrobras ainda não definiu a data e o percentual do novo reajuste da gasolina, segundo o diretor financeiro da estatal, José Gabrielli. Ele reforçou ontem o discurso já adotado pela ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, de que uma nova alta depende ainda da “acomodação” do mercado internacional do petróleo.

Segundo o executivo, “não existem definições, nem previsões” sobre novas altas dos preços. Ele também preferiu não comentar de quanto é a defasagem do preço cobrado internamente e o praticado no mercado internacional.

Na última sexta-feira, Dilma afirmou que não há previsão para um novo aumento no preço dos combustíveis no Brasil. Segundo ela, na Petrobras ainda não houve sinalização sobre o assunto.

“A Petrobras não deu nenhum sinal do que ela acha que é a tendência. Quando a Petrobras considerar que há condições, ela vai fazer a confirmação se aumenta (o preço da gasolina)”, disse.

No último dia 14 de junho, a Petrobras anunciou reajuste de 10,8% da gasolina e de 10,6% para o diesel. Na época, o preço internacional do barril havia se estabilizado na faixa de US$ 35, depois de três meses de turbulências em que o barril chegara a passar de US$ 40.

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