As medidas protecionistas aplicadas pelo governo da presidente Cristina Kirchner desde o segundo semestre do ano passado “salvaram” US$ 988 milhões de produção made in Argentina, segundo indicou um relatório da Confederação Argentina da Média Empresa (Came).

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Desse total, 45% correspondem a produtos produzidos no Brasil, principal fornecedor do mercado argentino.

A organização empresarial também sustentou que as medidas impediram a “destruição” de 560 mil postos de trabalho em 17 províncias argentinas, relativos a 18 setores “sensíveis”.

O governo Cristina Kirchner, que define as medidas protecionistas como “administração de comércio exterior”, aplicou uma ampla variedade de ações contra a entrada de produtos importados nos últimos meses. No segundo semestre de 2008, criou o Ministério da Produção e colocou em seu comando a economista Débora Giorgi, famosa por suas posições duras com o Brasil.

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As medidas adotadas por Giorgi afetaram principalmente o Brasil, parceiro estratégico da Argentina no Mercosul. Segundo a consultoria Abeceb, ao redor de 14% das vendas brasileiras para o mercado argentino foram atingidas pelas medidas.

Osvaldo Cornide, presidente da Came, sustentou que “as medidas impediram a invasão do mercado nacional por produtos estrangeiros”.

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O amplo leque de medidas protecionistas, que incluem licenças não automáticas, medidas antidumping e valores de referência, evitaram, segundo a Came, “o deslocamento de nossos mercados de produtos representativos de 28% da produção nacional”. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.