O Barclays mantém a expectativa de que a taxa de juros poderá sofrer mais um aumento, só que de 0,25 ponto porcentual, na reunião de abril do Comitê de Política Monetária (Copom), com o ciclo de alta terminando em 13% ao ano. O banco argumenta que a atividade mais fraca tende a colocar os riscos descendentes para a inflação no médio prazo.

continua após a publicidade

No entanto, o Barclays reconhece que a manutenção do comunicado do Copom, após a decisão na noite de quarta-feira, tem (4) de elevar os juros de 12,25% para 12,75% ao ano, deixa portas abertas para “muitas opções” no encontro do mês que vem.

De acordo com o Barclays, é provável que a contínua depreciação cambial afete as expectativas de inflação. Isso, segundo a instituição, sugere que o Copom poderia continuar elevando a Selic em 0,50 ponto porcentual em abril, à medida que tenta restaurar a credibilidade e ancorar as expectativas.

“Será importante acompanhar como o balanço de riscos mudou – não só no IPCA de fevereiro (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), mas também na ata do Copom, na semana que vem, e no Relatório Trimestral de Inflação, que sai no final do mês”, destaca, em nota, o Barclays. O resultado do IPCA do segundo mês do ano será informado nesta sexta-feira, 6.

continua após a publicidade

A expectativa do banco é de que no RTI de março o Banco Central leve em consideração em suas projeções para inflação o câmbio mais fraco e as taxas de juros mais altas, em comparação com o RTI do final do ano passado. “Se as novas previsões mostrarem que a inflação medida pelo IPCA está convergindo para mais perto do ponto médio da meta em 2016 do que a previsão de 4,9%, 5,0% apresentado no quarto trimestre, acreditamos que o BC poderia estar perto de terminar o ciclo de aperto. Caso contrário, acreditamos que os riscos são de que a taxa Selic poderia ser elevada acima do nível de 13,00%”, conclui o documento do Barclays.