O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, disse nesta sexta-feira, 6, que o governo pretende lançar no primeiro semestre, possivelmente “até o final de abril”, novas rodadas de concessões de rodovias. “Há um objetivo de ampliar as concessões públicas para o setor privado. Temos também como foco ampliar as concessões de aeroportos e ferrovias”, destacou o ministro.

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Ele ponderou que para viabilizar as concessões é importante que haja financiamento disponível para o setor privado. “O maior desafio de engenharia financeira são os seguros para projetos”, comentou.

O ministro mostrou que está otimista com a participação de grandes companhias nas concessões em infraestrutura, depois de ter sido questionado se a Operação Lava Jato não atrapalharia o interesse de empreiteiras de participar nesse processo neste ano. “O Brasil tem capacidade de executar concessões independente de problemas temporários de algumas empresas”, disse.

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Focus e inflação

Barbosa disse também que há uma avaliação positiva do mercado em relação às expectativas para o IPCA, especialmente para depois deste ano. “A pesquisa Focus indica aumento temporário da inflação, mas desaceleração em 2016”, afirmou. O levantamento, realizado pelo Banco Central, apontou na segunda-feira passada que a mediana das projeções para o índice de preços para 2015 subiu de 7,33% para 7,47%, enquanto baixou para o ano que vem de 5,60% para 5,50%.

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O ministro também destacou que a Focus mostrou que o mercado espera “crescimento negativo” do PIB em 2015, mas estima uma boa melhora em 2016. De acordo com a pesquisa realizada pelo BC, a mediana das projeções aponta uma piora na perspectiva de retração do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano, ao passar de uma queda de 0,50% para 0,58%. Contudo, foi mantida em 1,50% a expectativa de expansão da economia no próximo ano.

“Podemos estar enfrentando dificuldades no momento, mas o Brasil tem um potencial bem maior de crescimento e de oportunidades de investimentos”, comentou o ministro. “O país tem uma grande capacidade de evolução. Após o nível de atividade passar por variação significativa, tende a se recuperar de 9 a 12 meses depois.”

Barbosa participou hoje de evento promovido pela Câmara de Comércio França-Brasil (CCFB), em São Paulo, que reuniu empresários e economistas.