O diretor financeiro da Petrobras, Almir Barbassa, indicou que fará ajustes nos balanços de resultados trimestrais apenas em relação às investigações por corrupção. O diretor também defendeu que o levantamento das informações, neste momento, é “o maior foco” da companhia.

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“Superfaturamento apontado por TCU será considerado apenas se tiver relação com corrupção. Hoje o risco maior de ajuste é em função de corrupção”, informou Barbassa durante a teleconferência de analise de resultados operacionais.

“Calculamos todo final de ano, particularmente, se o ativo não se recuperar a partir da expectativa de geração de caixa, aí gera o impairment. Outra coisa é o ajustamento decorrente das informações que estão sendo levantadas. Esse é o maior foco desse momento”, completou.

Caixa

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De acordo com Barbassa, a companhia tem “volumes muito elevados de caixa” que garantem à estatal uma operação por pelo menos seis meses “sem necessidade de acessar nenhum mercado de dívidas”.

“Temos trabalhado com volumes muito elevados de caixa. E ele agora vem provar que é uma medida positiva porque nos dá um período bastante longo e superior até seis meses de operação sem necessidade de acessar nenhum mercado de dívidas”, afirmou Barbassa.

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Segundo ele, os recursos poderiam durar mais tempo, mas “tudo vai depender de novos elementos que a gente possa encontrar nessas investigações”, completou.

“O nosso volume de disponibilidades é suficientemente elevado para nos dar o período que estimamos hoje como necessário para o relatório que precisamos produzir de forma a tornar todos os mercados de dívidas novamente franqueados para a Petrobras”, completou.

Emissão de ações

Barbassa afirmou também que a diretoria da estatal não planeja estruturar uma nova operação de emissão de ações. Em 2010, diante da necessidade da companhia em levantar recursos para reduzir o nível de endividamento e dar continuidade ao plano de investimento, a Petrobras realizou aquela que se tornou a maior capitalização da história do Brasil. “A emissão de ações não está e não é parte de nosso plano”, afirmou o executivo.

Em relação a eventuais emissões no mercado externo de dívida, o executivo alertou que a Petrobras só teria condições de fazê-lo após a divulgação do balanço auditado referente ao terceiro trimestre deste ano.