Bancos trabalham com inflação de 4,62% em 2006

São Paulo (AE) – Pesquisa divulgada ontem pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) apontou que as instituições financeiras esperam um ?cenário otimista? para o próximo ano, mesmo com a realização de eleições gerais no País. Segundo projeção feita por 49 instituições, o crescimento esperado para o Produto Interno Bruto (PIB) é de 3,46%, com inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 4,62%, dentro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 4,5% com tolerância de 2 pontos porcentuais para cima ou para baixo.

Para 2006, a previsão é de que as exportações atinjam US$ 122,57 bilhões, resultado próximo da projeção feita pelo Banco Central (US$ 123 bilhões) na mais recente Nota do Setor Externo, divulgada em novembro. Quanto às importações, a expectativa é de um total de US$ 86,44 bilhões, o que resultaria num saldo comercial de US$ 36,13 bilhões, pouco acima dos US$ 34 bilhões projetados pelo BC.

Outro fator de estímulo apontado pela Febraban é a queda na taxa básica de juros, que atualmente é de 18,5% ao ano. As instituições esperam que a Selic chegue ao mês de dezembro de 2006 a 15,23% ao ano e a dezembro de 2007, em 13,87% ao ano.

Quanto ao crédito, o levantamento mostrou que a expectativa é de expansão de 17,31%, com um destaque para o crédito à pessoas física, que terá uma expansão de 25,08%. As estimativas dos outros agregados creditícios são: crédito a pessoa jurídica, com aumento de 15,26%; crédito livre; 20,12%; e crédito direcionado; 12,13%.

A pesquisa da Febraban aponta dois destaques para 2007: a projeção de crescimento do PIB, de 3,64%, ligeiramente superior ao de 2006, e a estimativa do risco Brasil, que, conforme o levantamento, estará abaixo dos 300 pontos em fins de 2007 (em 299,33 pontos), ante 321,03 pontos em 2006.

Quanto ao IPCA de 2007, a projeção das instituições é de inflação de 4,45%, também dentro da meta estabelecida pelo CMN, idêntica à de 2006. ?É um avanço. Mas é pouco. O Brasil tem condições de crescer a taxas maiores?, analisou o economista da entidade.

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