Bancos projetam alta de 3,61% no PIB

São Paulo (AE) – O Produto Interno Bruto (PIB) deve crescer 3,61% em 2006, em um cenário no qual a taxa Selic chegaria a 14,14%, segundo a média das expectativas de 49 instituições bancárias ouvidas pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), entre os dias 2 e 8 deste mês. O desempenho industrial de junho foi divulgado durante a realização da pesquisa e, portanto, não está computado nas projeções de todas as instituições consultadas. A queda de 1,7% em junho em relação a maio e 0,6%, em comparação com junho de 2005, levou algumas instituições do mercado a reduzirem suas expectativas para o PIB total do ano.

A média das projeções da Febraban para a taxa básica de juros encerrando o ano permanece, contudo, em linha com a pesquisa Focus divulgada segunda-feira (7), que manteve a expectativa da Selic em 14%. No caso do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a diferença entre as pesquisa Febraban e Focus ficou em 0,14 ponto porcentual, para a projeção de 2006, e 0,18 ponto porcentual, para 2007. Há que ressaltar que a Focus considera a mediana das expectativas de um grupo de aproximadamente 100 instituições (bancos, corretoras, consultorias e administradoras de ativos – as assets) e que a Febraban trabalha com a média das projeções de um universo em torno de 50 bancos.

A estimativa da Febraban para a inflação é de 3,88% em 2006 contra 3,74% da Focus; e em 4,42% para 2007, contra 4,50% da Focus, mantendo-se ambas próximas ao centro da meta do Banco Central de 4,5%, para os dois anos.

Segundo a pesquisa da Febraban, a taxa de câmbio em dezembro deste ano deve chegar a R$ 2,20, subindo para R$ 2,32 até o fim de 2007. Neste cenário, o superávit da balança comercial de 2006 ficaria em US$ 38,39 bilhões, resultado de um volume de US$ 127.25 bilhões em exportações e US$ 88,86 bilhões em importações. Em 2005, o resultado efetivo da balança comercial foi de um superávit de US$ 44,8 bilhões. Dentro desta previsão, o saldo das transações correntes foi estimado em US$ 8,91 bilhões.

Além dos dados apresentados acima, a pesquisa da Febraban incluiu outras 27 variáveis, entre elas: IGP-M, operações de crédito, risco-Brasil e contas fiscais do setor público consolidado.

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