Às vésperas da reunião mensal do Copom (Comitê de Política Monetária), os analistas financeiros consultados pelo Banco Central fizeram uma pequena elevação nas projeções de inflação para 2004. A previsão para a taxa básica de juros da economia brasileira (Selic) foi mantida. O mercado espera alta de 16,75% para 17,25% hoje.
Segundo o relatório Focus, divulgado semanalmente pelo BC, o mercado subiu de 12,30% para 12,34% a previsão de inflação medida pelo IGP-M para este ano. A expectativa em relação ao IGP-DI passou de 12,17% para 12,20%. Ambos são apurados pela FGV (Fundação Getúlio Vargas).
Já o IPCA, indicador de inflação oficial do governo e apurado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), sofreu um ajuste menor, passando de 7,18% para 7,19% a expectativa de elevação dos preços em 2004. Para o ano que vem, o mercado manteve a previsão em 5,90%.
A meta oficial é de 5,5% para este ano e de 4,5% para 2005. Em ambos os casos, a margem de tolerância é de 2,5 pontos percentuais para cima ou para baixo.
Juros
Os analistas mantiveram expectativa de que a taxa básica de juros da economia, a Selic, terminará o ano em 17,5% neste ano e em 15,5% em 2005. Hoje, está em 16,75%.
A probabilidade para o crescimento da economia sofreu um pequeno aumento. Para este ano, os analistas consultados prevêem um crescimento de 4,60%, contra 4,58% da semana anterior. Para o ano que vem, a expectativa de aumento do PIB (Produto Interno Bruto, soma de todas as riquezas produzidas por um país) foi mantida em 3,5%.
A previsão de crescimento industrial foi elevada de 7,44% para 7,5%. Para o ano que vem, a previsão é que a indústria cresça 4,50%, ante 4,23% na previsão da semana passada.
Para o dólar, os analistas prevêem que a moeda norte-americana irá terminar o ano cotada a R$ 2,90. No ano que vem, ela deverá chegar, segundo a pesquisa, a R$ 3,05 em dezembro.