São Paulo

  – Pesquisa elaborada pela Federação Brasileira das Associações de Bancos (Febraban) junto a 62 instituições financeiras projeta o dólar a R$ 3,45 em dezembro de 2002. Em dezembro de 2003, a moeda americana estaria em R$ 3,64, segundo os bancos. A cotação média anual do dólar em 2003 ficaria em R$ 3,49. A previsão média dos bancos para o PIB neste ano é de um crescimento de 1,27%. O próximo ano, por sua vez, teria expansão pouco maior, de 1,94%.

A inflação neste ano, medida pelo IPCA, pode alcançar 8,90%. No ano que vem, chegaria a 10,12%, ambas acima das metas do Banco Central. A Febraban também estima um superávit fiscal primário, neste ano, de 3,89% do PIB.

– Grosso modo, e se não houver nenhuma surpresa, 2003 apresentará um desempenho econômico um pouco melhor que em 2002, com políticas fiscal e monetária apertadas e um desempenho externo bom – diz, no texto que acompanha a pesquisa, o economista-chefe da Febraban, Roberto Luis Troster.

A balança comercial deste ano deve terminar com superávit de US$ 11,78 bilhões e a de 2003, com saldo positivo de R$ 15,05 bilhões. A Febraban destaca que até julho a projeção do saldo para este ano era de US$ 5 bilhões. Em agosto, a estimativa de superávit de 2003 era de US$ 6,93 bilhões, a metade da atual.

O saldo em transações correntes do país deve terminar o ano, segundo a sondagem, em US$ 11,29 bilhões, ou 2,36% do PIB. O montante, entretanto, deve ser superado pela projeção de US$ 15,46 bilhões para os investimentos diretos estrangeiros no país em 2002.

A sondagem revela otimismo das instituições também em relação ao risco Brasil. Atualmente na casa dos 1,7 mil pontos, o índice deve recuar para 1.577,37 pontos em dezembro de 2002, segundo aponta a média das previsões.

A taxa básica de juros Selic deve chegar ao fim de 2002 em 20,97% ao ano, patamar praticamente igual aos atuais 21%. Para dezembro de 2003, a projeção é de uma Selic em 18,03%.

– O ditado, ano novo vida nova, parece apropriado para imaginar 2003. As indicações são que a nova equipe econômica promoverá os ajustes necessários para que o País entre na rota de um desenvolvimento sustentado a partir de fins 2003. Esses ajustes são a geração de um superávit fiscal consistentes, um comprometimento com a estabilidade da moeda, as reformas constitucionais e a redução do custo Brasil – comentou Troster no texto.

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