Com um total de 1.693 atendimentos, os bancos estão em terceiro lugar no ranking dos atendimentos gerais do Procon-PR no acumulado deste ano. Na área específica de assuntos financeiros, essas instituições são campeãs de registros. A avaliação é do coordenador do órgão, Algaci Túlio, que esteve, na última semana, participando do 5.º Seminário de Atendimento Bancário, realizado pela Febraban – Federação Brasileira de Bancos – oportunidade em que Procons estaduais e municipais, entidades civis, representantes das instituições bancárias e do Banco Central analisaram a questão da responsabilidade social na área do consumo.

Grande parte das questões avaliadas no encontro está presente no dia a dia dos órgãos de defesa do consumidor. Assim, a falta de informações sobre tarifas e serviços, que é responsável por muitas das 461 dúvidas sobre cobrança registradas no Procon-PR neste semestre, originou propostas visando campanhas para orientar o consumidor sobre as formas de utilização desses serviços e as tarifas passíveis de cobrança, apresentando informações prévias, claras, precisas e impressas em letras visíveis.

Filas

O problema das filas foi outro item da pauta. “No Paraná,” explica Túlio, “vigora uma lei estadual específica que dispõe sobre o atendimento em tempo razoável, 20 minutos em dias normais e 30 minutos em véspera ou após feriados prolongados”. A demora no atendimento responde por 135 queixas este ano.

Há também inúmeros registros de correntistas que são vítimas de fraudes em estabelecimentos bancários, principalmente em relação ao cartão eletrônico, com saques e transferências de valores realizados sem seu conhecimento. A implementação de mecanismos de segurança do sistema de atendimento eletrônico (auto atendimento e internet), bem como a não imposição da utilização de terminais eletrônicos, uma vez que esta é uma prerrogativa do cliente, integram o rol das propostas apresentadas no seminário.

Túlio espera que as sugestões venham, de forma prática, melhorar a qualidade da prestação de serviços por parte dos bancos, não só quanto aos assuntos mencionados, mas também em questões como entrega de cópias de contratos, remessa de cartão sem a prévia solicitação, venda casada e registro em cadastro de inadimplentes.

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