Os bancos brasileiros lideram o ranking das marcas mais valiosas no Brasil, segundo estudo da Brand Finance realizado no Brasil pelo quarto ano consecutivo e que reúne os nomes de 110 companhias. O Bradesco manteve a liderança com um valor de marca de R$ 16,265 bilhões. O Itaú, que antes ocupava a sexta colocação, está agora na vice-liderança, com R$ 11,814 bilhões. Banco do Brasil caiu de segundo para terceiro, com R$ 7,415 bilhões. O estudo tem como base os dados de dezembro de 2008.

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Outros bancos também tiveram posição de destaque no ranking. A Caixa Econômica Federal passou da 35ª para a 17ª colocação. O Real subiu nove posições, para a 28ª. O Unibanco avançou dez, para a 31ª. O Santander passou do 44º lugar para o 25º e o HSBC do 44º para o 46º. Apenas a Nossa Caixa recuou. Passou da 69ª colocação para a 76ª. O Banrisul, que não aparecia na lista do levantamento anterior, ocupa a 107ª colocação. As marcas dessas instituições valem, respectivamente, R$ 4,054 bilhões, R$ 2,529 bilhões, R$ 2,397 bilhões, R$ 2,124 bilhões, R$ 1,494 bilhão, R$ 689 milhões e R$ 372 milhões.

O estudo revela que apesar da crise financeira, o valor global das principais marcas apresentou valorização. “Enquanto o valor de mercado das empresas listadas em bolsa caiu R$ 351,6 bilhões em comparação ao ano anterior, ou seja, uma redução de 25,3%, a soma do valor das marcas aumentou 5,7%, ou R$ 12,3 bilhões”, afirmou, em nota, o sócio da Brand Finance América do Sul, Gilson Nunes. Para Nunes, as marcas são ativos estratégicos para as empresas e, bem gerenciadas, tendem a ser mais resistentes em momentos de crise quando comparadas aos demais ativos da companhia.

Enquanto houve uma clara predominância dos bancos na liderança do ranking, nenhum setor concentrou as quedas de posição, que foram bastantes diversificadas. A empresa que perdeu o maior número de posições foi a distribuidora de energia elétrica AES Eletropaulo, que passou da 71ª colocação para a 100ª. O valor de marca da companhia era de R$ 421 milhões em dezembro do ano passado.

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Aracruz e Sadia, que tiveram perdas financeiras expressivas com operações de derivativos no ano passado, também perderam posições entre as marcas de maior valor no Brasil. A produtora de papel e celulose passou da 72ª para a 88ª colocação e a do setor de alimentos caiu 15 posições, para a 32ª. Os valores das marcas dessas duas empresas são de, respectivamente, R$ 508 milhões e R$ 2,164 bilhões.

As aéreas também caíram várias posições no ranking da Brand Finance. A TAM passou da 25ª colocação para a 50ª, com valor de marca de R$ 1,393 bilhão. A Gol passou da 42ª posição para a 66ª, com sua marca valendo R$ 906 milhões. Já a fabricante de aeronaves Embraer caiu dez posições, para o 62º lugar, com R$ 1,125 bilhão.

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O resultado da Brand Finance levou em conta uma pesquisa feita com 5.150 pessoas em todo o território nacional. O objetivo era compor um índice de força da marca. Os indicadores levados em conta foram produtos/serviços, preço, marketing e comunicação, governança corporativa e responsabilidade socioambiental, serviços ao consumidor e canal de distribuição. Para o índice final, a pesquisa considerou ainda a eficiência, margem operacional, rentabilidade, resultado líquido, patrimônio líquido e geração de caixa medida pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortizações, na sigla em inglês) de cada empresa.

Empresas com marcas consideradas valiosas, mas das quais não foram encontradas todas as informações financeiras, ficaram de fora do ranking. São elas: Nike, Visa, Mastercard, Google, Pepsico, TV Record, SBT, PWC, Americanas.com, Submarino, C&A, Adidas e HP.