Após o Banco Central avisar que está disposto a acelerar o ritmo de ajuste da taxa de juros básicos da economia (Selic), os analistas de instituições financeiras elevaram para 17,75% a previsão da Selic para o final deste ano. Ou seja, segundo o relatório Focus, divulgado ontem pelo Banco Central, a expectativa é de que o Copom (Comitê de Política Monetária) eleve a Selic – atualmente em 17,25% ao ano – em 0,5 ponto percentual em sua última reunião deste ano.
Até a semana passada os analistas esperavam que os juros subissem 0,25 ponto em dezembro. Entretanto, na última quinta-feira, na ata de sua reunião, o Copom afirmou que é necessário que os preços internacionais do petróleo não se deteriorem e que as expectativas de inflação se reduzam para evitar que o BC passe a ser mais enérgico com os juros.
Ainda de acordo com o relatório Focus, divulgado semanalmente pelo BC, a expectativa em relação ao IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Ampliado) sofreu um pequeno aumento.
Para este ano, a previsão é que o IPCA, indicador de inflação oficial do governo, chegue a 7,26% em dezembro, contra 7,18% no levantamento anterior.
Na semana passada, a Petrobras anunciou um novo reajuste para os combustíveis. A gasolina subiu 4,2% nas refinarias e o óleo diesel, 8%. O impacto do reajuste deve ser sentido principalmente em dezembro.
A meta de inflação deste ano é de 5,5%, com margem de tolerância de 2,5 pontos percentuais para cima ou para baixo. Ou seja, o BC cumprirá seu objetivo caso a inflação fique em até 8%.
PIB
A expectativa para o crescimento da economia está também praticamente no mesmo patamar.
Para este ano, os analistas consultados prevêem um crescimento de 4,66%, contra 4,61% da semana anterior. Para o ano que vem, a expectativa para o aumento do PIB (Produto Interno Bruto, soma de todas as riquezas produzidas por um país) é de 3,5%.
A previsão de crescimento industrial passou de 7,54% para 7,61% neste ano. Para o ano que vem, a previsão é que a indústria cresça 4,5%.