Bancos voltaram a instalar mais caixas eletrônicos de uso exclusivo de seus clientes em 2008. Pesquisa anual sobre meio de pagamentos divulgada hoje pelo Banco Central mostra que o número de terminais de autoatendimento (ATMs) sem compartilhamento aumentou 5,5% no ano passado, totalizando 89,5 mil em todo o País. No ano, foram instalados 4.645 pontos de atendimento desse tipo. Essa foi a primeira vez desde 2004 que o número subiu em relação ao ano anterior. Em 2005, por exemplo, houve queda de 11%.
A estratégia de elevar o número de caixas próprios diminuiu o ritmo de instalação de terminais compartilhados, aqueles que atendem clientes de mais de um banco. Esse grupo de equipamentos cresceu apenas 1,2% em 2008, para 69 mil, com instalação de 821 novas máquinas. Esse foi o pior desempenho desde 2004, quando o número de terminais compartilhados caiu 9% na comparação com o ano anterior. No fim de 2008, o Brasil contava com 158,6 mil terminais de autoatendimento bancário. O número é 3,5% maior que o registrado em 2007. Desde 2003, a quantidade de caixas automáticos em operação no País aumentou 17%.
São Paulo é o Estado que possui o maior número: 53,1 mil, o equivalente a 33,5% de todos os caixas eletrônicos instalados no Brasil. Em seguida estão Rio de Janeiro (16,8 mil terminais ou 10,6%) e Minas Gerais (15,8 mil máquinas ou 10%). Na lanterninha, Roraima conta com apenas 230 equipamentos ou 0,1% de todos os que operam no Brasil.
Segundo a pesquisa do BC, foram realizados 7 bilhões de operações nos caixas eletrônicos brasileiros no ano passado. O principal uso desses equipamentos ainda é a consulta de saque e extrato, com 3,1 bilhões de transações. Em seguida, os saques têm 2,5 bilhões de operações. Bem atrás, a função depósito foi usada 777 milhões de vezes em 2008 e o pagamento de contas e boletos foi realizado 355 milhões de vezes.