Os bancos mantiveram a posição vendida em câmbio em maio pelo 22º mês consecutivo, somando a quantia de US$ 12,846 bilhões. Em abril, por conta do forte fluxo positivo, o volume da posição vendida dos bancos foi reduzida drasticamente, para US$ 10,528 bilhões – desde dezembro do ano passado, essa posição estava na casa dos US$ 20 bilhões. As informações foram divulgadas nesta quarta-feira, 03, pelo Banco Central.

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Em dezembro do ano passado foi registrado o maior volume da série histórica iniciada em janeiro de 1994 nessa posição, de US$ 28,261 bilhões. Em janeiro, a posição vendida dos bancos foi de US$ 24,424 bilhões e, em fevereiro, de US$ 25,868 bilhões, a maior do ano. Em março, as instituições financeiras mantiveram consigo um total de US$ 23,830 bilhões.

No jargão financeiro, estar “comprado” significa, na maioria das vezes, que o mercado fez hedge de passivo cambial. A posição também pode estar atrelada à expectativa de que a cotação do dólar vai subir porque, ao ter a moeda em caixa, é possível lucrar com uma eventual alta das cotações.

Já “estar vendido” representa previsão de queda da cotação da moeda ou que se acredita que os juros internos serão mais elevados do que a valorização do dólar em determinado período. Para se ter uma referência, a taxa básica Selic está atualmente em 13,25% ao ano e ainda há dúvidas no mercado sobre o fim do atual ciclo de alta.

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Base monetária

A base monetária encerrou maio com expansão de 1,9% na comparação com abril, pelo conceito de saldo no fim do período. Segundo informações do BC, a base monetária alcançou R$ 239,513 bilhões ao final do mês passado.

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Já pelo conceito da média diária de dias úteis, a base monetária atingiu a marca de R$ 232,080 bilhões em maio, o que representa uma retração de 2,6%. A base monetária é a soma do total de papel moeda emitido com as reservas bancárias registradas pelas instituições financeiras.