Bancos e fundos estrangeiros investem em fazendas

A AIG Capital, fundo de investimento que já teve participação na Gol Linhas Aéreas, no Frigorífico Mercosul e na Fertilizantes Heringer, acaba de colocar os dois pés no campo no País. Vai investir US$ 65 milhões para ser a maior acionista da Calyx Agro subsidiária da francesa Louis Dreyfus Commodities criada para adquirir, plantar e vender terras no Mercosul, especialmente no Brasil.

A parceria da AIG só reforça um movimento que vem ocorrendo desde 2006 no País, quando a BrasilAgro foi à Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Na ocasião, os investidores não compraram uma empresa, mas, sim, um projeto para criar um banco de terras. Na seqüência, a gaúcha SLC Agrícola estreou na Bolsa. Foi a primeira fazenda do mundo a negociar suas ações no pregão. A AIG tem planos de abrir o capital da Calyx Agro nos próximos anos. Há alguns meses, a Pactual Capital Partners, empresa de participações dos ex-sócios do Pactual, se juntou ao grupo argentino Los Grobo para investir em terras de soja e milho no Brasil. Os argentinos da El Tejar, outro grande produtor de soja e milho do país vizinho, também declararam interesse em vender parte de suas ações na Bovespa – eles têm fazendas no Brasil desde 2003.

?É um movimento inédito, que está provocando inflação no preço de terras?, diz Maurício Mendes, diretor-presidente da Agra FNP, consultoria que acompanha os preços de terras. Entre 2001 e 2007 o preço médio subiu 131% em real e 219% em dólar. ?As terras estão sendo disputadas por companhias agressivas e com capacidade de compra.?

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