Algumas das principais instituições financeiras norte-americanas submetidas aos testes de estresse do governo dos Estados Unidos anunciaram ontem planos para levantar capital após a divulgação dos resultados da avaliação, também divulgado na quinta-feira. Das 19 instituições avaliadas, 10 precisarão levantar um total de US$ 75 bilhões em capital e algumas delas afirmaram que buscarão os recursos no setor privado.

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O Bank of America (BofA), que segundo os testes de estresse precisa levantar US$ 33,9 bilhões, anunciou que venderá 1,25 bilhão de ações ordinárias (ON) e que pretende finalizar negociações com o governo norte-americano para obter proteção de seus ativos. O BofA afirmou que não precisará de mais dinheiro público.

O Morgan Stanley divulgou que venderá US$ 2 bilhões em ações. O banco precisa de US$ 1,8 bilhão, de acordo com os testes de estresse.

Já o Citigroup, que precisa de US$ 5,5 bilhões, pretende expandir uma oferta anunciada em fevereiro, que previa a conversão de até US$ 27,5 bilhões de ações preferenciais (PN) que não estivessem nas mãos do governo dos EUA em ações ordinárias (ON).

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A GMAC, braço financeiro da montadora General Motors (GM) e que precisa levantar US$ 11,1 bilhões, disse que o número não inclui capital adicional para o financiamento de revendedores.

O KeyCorp, que foi orientado a levantar US$ 1,8 bilhão em capital, disse possuir uma série de maneiras de obter os recursos nos próximos seis meses sem recorrer ao governo. Caso não consiga, afirmou que converterá US$ 2,5 bilhões em ações PN do Programa de Alívio de Ativos Problemáticos (Tarp, na sigla em inglês). O Regions Financial disse que sua meta é eliminar as fontes extraordinárias de liquidez, assim como as fontes de capital do governo. O banco precisa levantar US$ 2,5 bilhões.

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O Fifth Third Bancorp, que precisa levantar US$ 1,1 bilhão, disse que pretende utilizar alternativas do setor privado para levantar fundos nos próximos seis meses e que cumpre o novo padrão de índice de capital Tier 1. A PNC Financial disse que pretende levantar os US$ 600 milhões exigidos pelos testes de estresse por meio do mercado de capitais e de um aumento na retenção de lucros. A instituição não pretende converter ações PN emitidas sob os termos do Tarp e disse que pagará os US$ 7,6 bilhões emprestados pelo governo “assim que for apropriado”.

Já o Wells Fargo anunciou que não concorda com as recomendações do governo dos EUA, argumentando que análises conduzidas pela própria instituição apontavam que o banco não necessita de mais capital. Os testes do governo dos EUA concluíram que o Wells Fargo precisa levantar US$ 13,7 bilhões. De acordo com o executivo-chefe do banco, John Stumpf, “os resultados do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) diferem consideravelmente dos nossos”. Apesar disso, o banco divulgou que pretende cumprir a exigência do teste por meio de uma oferta de US$ 6 bilhões em ações e utilizar outras fontes de recursos.

Os bancos JPMorgan, Goldman Sachs, American Express, BB&T, State Street, MetLife, Bank of New York Mellon, US Bancorp (USB) e Capital One não precisam levantar capital adicional, de acordo com os resultados apresentados pelo governo dos EUA ontem.

O State Street anunciou que, com o encerramento dos testes de estresse completados, “estava em posição de estudar o pagamento das ações preferenciais emitidas nos termos do Tarp dentro das circunstâncias apropriadas”. O Goldman Sachs, por outro lado, afirmou estar “muito confiante” de que poderá pagar os investimentos do governo oriundos do Tarp. As informações são da Dow Jones.