Depois de seis dias de greve dos bancários, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) aceitou ontem retomar as negociações salariais com a categoria. Uma nova rodada de negociação foi agendada para quinta-feira, em São Paulo. “Esperamos que a Fenaban assuma a responsabilidade e coloque na mesa uma proposta digna de ser apreciada nas assembleia e possa inclusive acabar com a greve”, disse Carlos Cordeiro, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramo Financeiro (Contraf), filiada à Central Única dos Trabalhadores (CUT).
A última reunião ocorreu dia 17, quando os bancos apresentaram proposta de 4,5% de reajuste salarial, que apenas repõe as perdas com a inflação, além de uma Participação nos Lucros e Resultados (PLR) menor que a do ano passado. “Os bancários só foram à greve depois de rejeitarem essa proposta rebaixada dos bancos, que consideramos uma provocação”, disse Cordeiro.
Com data-base em 1º de setembro, a categoria reivindica 10% de reajuste, o que representa aumento de 5% acima da inflação, PLR composta pelo pagamento de três salários, acrescidos de valor fixo de R$ 3.850. Os trabalhadores querem também a inclusão na convenção coletiva de trabalho de uma cláusula de proteção ao emprego em caso de fusão de bancos, entre outras reivindicações. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.