Rio – As instituições financeiras brasileiras voltaram a elevar a estimativa média de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do País e a reduzir a projeção do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para o fechamento de 2007. Pesquisa divulgada ontem pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) mostrou que, em abril, a previsão média de 51 instituições consultadas pela entidade é que a economia encerrará este ano com expansão de 4,01%, enquanto o índice oficial da inflação chegará ao final de dezembro com alta de 3,77%. Em março, os números previstos eram de 3,54% e 3,83%, respectivamente.

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 Segundo a Febraban, a nova metodologia usada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para o cálculo do PIB, que fez o crescimento de 2006 passar de 2,9% para 3,7%, provocou a mudança nas estimativas de vários economistas consultados para números mais otimistas. Além do PIB total, foram revisadas pelas instituições, em abril, as previsões do PIB Agropecuário (de 3,62% para 4,25%); o PIB Industrial (de 3,96% para 4,02%); e o PIB de Serviços (de 2,97% para 2,55%).

Para 2008, as projeções de PIB total e IPCA também foram modificadas. A expectativa média para o crescimento do País no próximo ano aumentou de 3,60% para 3,92%. Quanto ao índice de inflação do IBGE, houve redução, de 4,02% para 3,99%.

De acordo com a Febraban, as projeções para inflação em 2007 e 2008 continuam abaixo do centro da meta definido pelo Banco Central, de 4,50%, abrindo espaço para que o Comitê de Política Monetária (Copom) continue reduzindo a taxa básica de juros em suas próximas reuniões. Ontem, o comitê decidiu diminuir a Selic em 0,25 ponto porcentual, para 12,50% ao ano.

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Na avaliação da Febraban, o placar dividido da reunião de ontem – mostrando três dos sete diretores do Banco Central com a intenção de cortar a Selic em 0,50 ponto porcentual – levou muitos analistas de mercado a uma aposta de que o Copom terá uma atitude mais ousada já na próxima reunião de junho.