Bancos abrem as portas depois de 15 dias de greve

Ao contrário do que aconteceu em alguns estados do País, todos os bancos paranaenses voltaram a funcionar ontem, depois da greve dos bancários, que durou 15 dias.

A reposição dos dias parados será feita até 15 de dezembro, em expediente interno. Porém, as agências da Caixa Econômica Federal em Curitiba atenderam, ontem, e devem atender, hoje e segunda-feira (18), em horários ampliados, abrindo às 8h e fechando normalmente às 16h.

Um balanço da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), divulgado ontem, apontava que os bancários dos bancos privados da maioria dos estados tinham aprovado em assembleia o reajuste de 7,5% proposto pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) na última segunda-feira (11).

Porém, em vários estados e cidades houve rejeições das propostas do Banco do Brasil e da Caixa Econômica. Em Porto Alegre, as propostas de ambos os bancos foram rejeitadas.

No Pará e no Amapá, houve rejeição à proposta da Caixa. No Maranhão, nem o acordo proposto pelos bancos privados passou na votação dos grevistas. Nos bancos em que o acordo não foi aceito, a greve continua.

Os 470 mil bancários realizaram na última quarta-feira assembleias em todo o País para votar o reajuste de 7,5%. Com isso, volta ao normal a partir desta quinta o atendimento nas agências que aderiram à greve em nível nacional, desde que os funcionários tenham aprovado o índice.

A greve começou dia 29 de setembro e o movimento teve adesão gradual das agências para forçar o acordo mais vantajoso. A princípio, os bancos ofereceram 4,29% de reposição da inflação. Os bancários queriam 11% (aumento real incluso). A paralisação chegou a fechar 8 mil agências em todo o país.

Para o presidente da Confederação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Carlos Cordeiro, o resultado foi positivo. “O movimento foi forte. A categoria conquistou o dobro do aumento real do ano passado, além da valorização do piso salarial. Mas também avançamos em questões sociais importantes, como a inclusão de cláusula na convenção coletiva de combate ao assédio moral que cria um canal de denúncia”, afirmou ele.

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