Banco oficial cobra mais caro que o mercado

Brasília – Os bancos oficiais ? a Caixa Econômica Federal (CEF) e o Banco do Brasil (BB) ? cobram de empresas e pessoas físicas taxas de juros de mercado que, em alguns casos, superam a dos bancos privados. Segundo levantamento feito pela ABM Consulting, os bancos federais, com foco no varejo, têm taxas de juros nos mesmos níveis da concorrência e acima da média em algumas modalidades de crédito.

O levantamento foi feito sobre três tipos de crédito para empresa ? capital de giro, conta garantida (cheque especial das empresas) e “hot money” (empréstimos de curtíssimo prazo) ? e duas modalidades para pessoas físicas: cheque especial e crédito pessoal.

No empréstimo pessoal, a pesquisa, com base em dados do Banco Central, abrangeu 108 bancos. A taxa média dos empréstimos para pessoa física da Caixa é de 5,06% e a do BB, 6,32%. Já o Bradesco cobra 5,75%, e o Itaú, 6,38%. No topo da lista das que cobram as tarifas mais baixas aparecem os bancos de concessionárias de veículos.

A ABM Consulting analisou 68 bancos para elaborar o ranking das instituições que cobram as menores taxas do cheque especial. A Caixa aparece em 23.º. lugar, com uma taxa média de 7,95%, e o BB, no 36.º lugar, com 8,66%.

“As taxas dos bancos oficiais na ponta da aplicação são as mesmas taxas de mercado”, diz o professor da USP e sócio da ABM Consulting Alberto Matias.

Para pessoas jurídicas, com os juros cobrados na linha de financiamento de capital de giro, o Banco do Brasil aparece na 17.ª. posição da lista, com uma taxa média de 2,82%, a mesma do Santander Meridional. Já a CEF está em 87.º lugar, com uma taxa de 5,27%. O Bradesco cobra 3,98% e o Itaú, 4,02%. Foram analisadas 92 instituições.

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