A forte queda no comércio global parece ter batido no fundo do poço e há sinais de uma reversão nas políticas protecionistas, disse Bernard Hoekman, diretor do departamento de comércio internacional do Banco Mundial. O banco havia previsto um declínio de 6,1% no fluxo de comércio mundial este ano, o que seria a maior queda desde os anos 1930, com uma recuperação esperada para 2010.

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Em pronunciamento à Associação Internacional de Comércio, Hoekman disse que a perspectiva para o comércio ainda é muito incerta, mas que o banco está projetando uma “recuperação razoavelmente rápida”. “Vemos sinais de que chegamos ao fundo do poço; certamente o ritmo de declínio diminuiu”, afirmou.

As restrições ao comércio aumentaram durante a crise, mas até agora não sugerem um aumento alarmante no protecionismo, segundo ele. “Houve algumas respostas protecionistas e acho importante que a comunidade mundial, em particular a Organização Mundial do Comércio (OMC), monitore isso muito cuidadosamente”, disse.

Hoekman elogiou o compromisso dos líderes do Grupo dos 20 (grandes economias industrializadas e emergentes) de manter políticas de abertura comercial, afirmando que os governos parecem ter internalizado as lições da Grande Depressão.

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No mês passado, o presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, manifestou temor de que nove países do G-20 teriam imposto medidas restritivas, apesar do compromisso assumido na cúpula de Londres em 2 de abril. Hoekman, no entanto, afirmou que as medidas recentes não ferem necessariamente qualquer norma da OMC ou representam discriminação explícita.

Embora as medidas de salvaguarda e antidumping também tenham crescido, elas não vão muito além dos setores que tradicionalmente adotam estas táticas, opinou. As informações são da Dow Jones.

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