O Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) não deverá considerar compras de Treasuries – papéis que formam a dívida federal dos EUA – como medida de sua política monetária, afirmaram hoje o presidente do BoJ, Haruhiko Kuroda, e o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe.

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“Não estamos numa situação em que tenhamos de comprar (Treasuries)”, declarou Kuroda, durante sessão no Parlamento japonês.

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O comentário veio em resposta a um parlamentar que recomendou compras de Treasuries, uma vez que o montante de compras de bônus do governo japonês (JGBs) pelo BoJ caiu para nível inferior à diretriz anual de 80 trilhões de ienes (US$ 758 bilhões). Isso levou alguns participantes do mercado a especular que o banco central japonês teria dado início a um processo de redução “disfarçada” de suas compras de JGBs.

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Em setembro de 2016, o BoJ mudou o foco de sua política monetária do compromisso de comprar um determinado volume de JGBs para um programa de controle da curva de juros, que busca manter o rendimento do JGB de 10 anos em torno de zero. Para Kuroda, o atual programa, que mira taxas de juros de curto e longo prazos, é sustentável.

Abe, que participou da mesma sessão parlamentar, disse que o Japão precisa ser cauteloso em relação à opção de comprar Treasuries porque uma iniciativa do tipo poderia ser interpretada erroneamente por outros países como uma forma de intervenção com o objetivo de enfraquecer o iene, a moeda do país.

Também hoje, Kuroda reiterou a disposição do BoJ de seguir adiante com sua agressiva política de relaxamento monetário, mas afirmou que o ímpeto dos preços em direção à meta oficial de inflação de 2% se mantém. Fonte: Dow Jones Newswires.