O Banco do Brasil espera concluir neste ano a primeira fase do seu banco digital, um projeto que deve atingir 5,7 milhões de clientes, de acordo com Marco Antônio Mastroeni, diretor de Negócios Digitais da instituição. O projeto piloto começou em março último, em Joinville (SC), e deve ter início em Ribeirão Preto (SP), segundo o executivo, nas próximas semanas.

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“Temos um projeto bastante audacioso de escritórios virtuais, no qual o gerente vai estar à disposição do cliente em um horário diferenciado, das 8 horas às 22 horas”, resumiu Alexandre Abreu, presidente do BB, em palestra no CIAB 2015, evento promovido pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

A expectativa do BB, conforme Mastroeni, é que até o final de 2016 todos os clientes do BB com renda acima de R$ 4 mil ou 5,7 milhões de correntistas já sejam atendidos por seus gerentes via canais digitais. Participam da primeira etapa do projeto piloto em Joinville 10,4 mil, sendo que 2,8 mil clientes já estão sendo atendidos. O público-alvo local do projeto, porém, é de 28,3 mil de um total de 92 mil clientes. Em Ribeirão, são 146 mil clientes, sendo que 37,2 mil são o público-alvo dos chamados escritórios de negócios.

“Vamos estender o atendimento digital para todo o País até o final do ano que vem”, destacou o diretor do BB, em conversa com jornalistas, durante o CIAB 2015.

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Essa ampliação exige, segundo o executivo, uma determinada infraestrutura de dados já possível nos grandes centros, mas que ainda precisa ser pensada para as cidades mais distantes. Além disso, a migração para o universo digital, contudo, não impede o correntista, segundo o diretor do BB, de ir às agências e ser atendido também na rede física da instituição. Questionado sobre o investimento do banco mais tardio no atendimento digital quando comparado a outros grandes players, Mastroeni destacou que a estratégia do BB é atender os clientes por um conjunto de canais que eles desejarem.

Atualmente, no BB, segundo Mastroeni, 94% das transações já são feitas fora das agências. Somente no mês de maio, R$ 2 bilhões em investimentos foram feitos por meio do aplicativo para celular do banco. A oferta de crédito por esse canal chegou a R$ 450 milhões neste ano, acima dos R$ 360 milhões registrados em todo o exercício de 2014, que foi de R$ 360 milhões. Ante 2013, o crescimento chega a 275%.

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Para 2015, o BB pretende ampliar mais a concessão de crédito pelo aplicativo no celular, ultrapassando R$ 1 bilhão, com o crédito consignado respondendo por 40% deste montante.

Outras funcionalidades ainda devem ser ofertadas neste canal além de crédito, conforme ele, como, por exemplo, a venda de seguros. Além disso, o BB negocia junto a operadoras de telefonia, de acordo com Mastroeni, contratos para oferecer gratuidade no uso de dados dos clientes que utilizam o aplicativo do banco.