O Citi, um dos maiores conglomerados financeiros dos Estados Unidos, está ?fascinado? pelo interior do Brasil. Interior é considerado – acrescente-se – todo mercado fora do eixo Rio/São Paulo. Pensando assim, o banco está investindo no que chama de ?interior?. Ontem, o CEO da empresa no Brasil, Gustavo Marin, esteve em Curitiba para visitar as quinze agências que o grupo possui -cinco agências bancárias (quatro em Curitiba e uma em Londrina) e dez da Financeira.
São poucos os números fornecidos pelo diretor, mas o Citi deve instalar entre 6 e 8 novas agências em todo o Brasil, ainda este ano. Não se sabe se existe mais alguma prevista para o Paraná além das duas inauguradas recentemente (uma de Curitiba e a agência de Londrina). ?O crescimento dos pibs regionais – o Paraná é um deles – está estimulando novos investimentos fora do eixo central?, diz o executivo.
Ao contrário do que vem ocorrendo nos Estados Unidos, onde o Citi anunciou demissões e ?redução do custo?, o Brasil é um dos focos de crescimento. Ele e outros países chamados ?emergentes?, que devem crescer bem acima do previsto para os EUA. ?A média dos países emergentes, este ano, deve ficar em crescimento de 5,5% do PIB. Nos EUA, estamos prevendo 0,7%, estagnação econômica?, acentua Marin. Para o Brasil, especificamente, a previsão é de crescimento de 4,6%. ?A China deve crescer 10%; a Argentina outros 7%. Mas a média é 5,5%?, disse ele.
Marin espera o ?grau de investimento? para o Brasil ainda este ano. ?Isso vai ser muito bom?, diz. Quanto à crise nos EUA, acentua que os países emergentes serão atingidos, ?talvez não com a intensidade de anos anteriores?. Mas o Fed (banco central norte-americano) tem agido corretamente. Assim como está agindo corretamente o governo brasileiro, que fala em ?apertar? o crédito. ?Temos que esperar para ver, mas reduzir a demanda pode ser muito bom para não ter que aumentar o juro de novo?, acentua.