O Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) avalia que a perspectiva brasileira não deve se pautar pela negação de que os atuais problemas da economia mundial possam vir a afetar a economia nacional, segundo análise feita sobre a turbulência nos mercados. "Em outras palavras, não se deve bater na tecla de que o Brasil está imune à crise. A perspectiva correta é uma avaliação ‘realista’, considerando que o País pode ser afetado por moderada fuga de capital.", acrescenta.

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Para o Iedi, a taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic, deve continuar a cair, para não afetar investimentos no Brasil. O instituto avalia que "antes de tudo o mais, é imperioso não se precipitar na política de juros, evitando tomar decisões antecipadas diante de riscos que podem não ser de gravidade extrema, como o risco de inflação em decorrência dos efeitos da crise mundial até agora identificados".

De acordo com o instituto, uma decisão como interromper a redução da taxa de juros seria uma medida normal em situações do passado, mas hoje traria um risco muito sério. "Isso porque informaria ao empresário daqui ou do exterior que está investindo pesadamente na economia brasileira que ele deve paralisar seus planos de inversão; ao consumidor, que a sua forte demanda por bens duráveis deve ser prontamente refreada; aos bancos, cuja concessão do crédito tem sido um dos propulsores da expansão econômica brasileira, que moderem a evolução dos financiamentos".

Segundo a entidade, o País deve medir com muita parcimônia suas ações diante da crise para "não deixar escapar a prerrogativa que hoje dispõe de adotar mecanismos de sustentação de sua economia. É claro que esses mecanismos não devem ser usados de forma precipitada, mas, sim, no caso de se apresentar a necessidade.

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