Várias categorias estão se mobilizando para pressionar o governo federal e entidades privadas para o aumento salarial. É o caso dos funcionários do Banco Central, parados desde a última segunda-feira. Ontem, uma comissão se reuniu com representantes do governo federal, e hoje os funcionários devem participar de assembléias para discutir a proposta e decidir se colocam fim à greve ou não.
De acordo com Alexandre Campos Gomes de Souza, diretor de comunicações do Sindicato dos Funcionários do Banco Central (Sinal-PR), até o final da tarde de ontem a informação era de que o governo propunha aumento salarial médio de 5%, além de reajustes maiores para comissionados. Já os funcionários do BC reivindicam um reajuste de 57,64% – índice que se refere à inflação acumulada de 1998 a 2002, mais reposição de 15% do período de 2003 a 2004, como já concedido aos servidores do Congresso. Em Curitiba, são 130 funcionários do Banco Central. Quase 50% deles aderiram à greve.
Bancários
Bancários de Brasília e do Rio de Janeiro realizaram ontem paralisação de 24 horas. Eles reivindicam aumento salarial de 11,77% – reposição da inflação no período mais aumento real de 5,65%. Já a proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) prevê 4% de reajuste salarial e abono de R$ 1.000. De acordo com a presidente do Sindicato dos Bancários em Curitiba e Região Metropolitana, Marisa Stédile, os bancários aqui estão em estado de greve desde a semana passada. Na próxima quarta-feira, dia 28, eles devem fazer uma paralisação de 24 horas em nível nacional.
Quem também promete parar novamente são os auditores fiscais da Receita Federal. Eles realizam assembléia hoje para deliberar a nova mobilização. A categoria já realizou duas paralisações de 48 horas neste mês: nos dias 8, 9, 13 e 14. Se aprovada, a nova paralisação dará continuidade ao movimento da categoria, que protesta contra a MP (medida provisória) 258, que criou a Super-Receita – união entre a Receita Federal (Fazenda) e Secretaria da Receita Previdenciária (Previdência).