Brasília (ABr e redação) – O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, anunciou ontem mudanças em três diretorias do banco: Deixam definitivamente a diretoria Sergio Darcy (Normas) e Alexandre Schwartsman (Assuntos Internacionais). As trocas ocorrem uma semana depois da nomeação de Guido Mantega para o Ministério da Fazenda e da substituição de dois secretários da pasta.
Darcy, que estava no cargo desde 1997, permanece na instituição e irá para a presidência do conselho de administração da Centrus (fundo de pensão dos funcionários do BC). Para o seu lugar irá Alexandre Tombini, atual diretor de Estudos Especiais. Já Schwartsman, cuja saída era cogitada há cerca de um mês, deixou a diretoria porque tinha interesse em retornar à iniciativa privada, segundo nota do BC. Ele perdeu espaço no banco depois que a coordenação da emissão de títulos no mercado internacional foi transferida do BC para o Tesouro Nacional, em janeiro do ano passado. Para substituí-lo foi indicado o economista Paulo Vieira da Cunha, que já foi economista-chefe para a América Latina do HSBC e é professor da Columbia University (Nova York).
Já Mario Mesquista, economista-chefe do ABN-Real, deverá ir para o lugar de Tombini. Os novos diretores terão que ser sabatinados pelo Senado antes de assumirem os cargos.
Não apenas no BC estão ocorrendo mudanças. No Ministério da Fazenda também ocorrem trocas. O ministro Guido Mantega (Fazenda) também promove alteração em sua equipe. Na semana passada, ele anunciou que Carlos Kawwal assumirá o Tesouro Nacional e Bernard Appy será o novo secretário-executivo da Fazenda. Com isso, ficou vago o cargo de secretário de Política Econômica – antes ocupado por Appy. Além disso, é preciso encontrar um substituto para Marcos Lisboa, que deixou a presidência do IRB (Instituto de Resseguros do Brasil).
Outro que será substituído é José Antônio Gragnani, secretário-adjunto do Tesouro. Ele vai deixar o governo para se dedicar a estudos no MIT (Instituto de Tecnologia Massachusetts).