O presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, não descarta novas medidas para a redução dos spreads bancários – diferença entre a taxa de captação de recursos pelos bancos e o custo cobrado nos empréstimos ao consumidor. Ele considera que as medidas adotadas pelo BC já surtem efeito na economia, mas é preciso aguardar um pouco mais antes de novas decisões.
“Está havendo redução gradual e algumas medidas já foram tomadas, como o Fundo Garantidor de Crédito e o leilão de dólar sem direcionamento. Estamos aguardando o efeito disso. E, caso seja necessário, poderemos tomar novas medidas”, afirmou.
Quanto às mudanças nas cadernetas de poupança, Meirelles informou que, independentemente da decisão do governo, a idéia é “manter a aplicação como grande canal de investimento e preservação de patrimônio da população brasileira, principalmente dos pequenos investidores”.
Sobre a vinculação do rendimento à Selic (taxa básica de juros), o presidente do Banco Central disse que o governo “não tem ainda nenhuma decisão” à respeito das mudanças para a caderneta de poupança.
As mudanças no rendimento das cadernetas de poupança vêm sendo discutidas pela área econômica por determinação do presidente Lula. O objetivo é evitar que os grandes poupadores usem esse tipo de aplicação para proteger seus investimentos por causa da queda dos juros de outras aplicações.