O Banco Central e o Tesouro Nacional divulgaram nota conjunta no BC Correio sobre mudanças de instituições dealers – instituições financeiras compradoras e negociadoras de títulos públicos credenciadas a operar com o governo – das duas casas. Atualmente, há uma lista formada por 12 instituições (10 bancos e duas corretoras) que são os dealers dos mercados de títulos públicos (Tesouro) e de operações compromissadas (BC). A partir de 10 de agosto, cada um dos órgãos do governo contará com a sua própria lista de 12 dealers, também formada pelo critério de 10 bancos e duas corretoras.
Com a mudança, as instituições não ficam mais obrigadas a apresentar critérios básicos para operar nos dois mercados para poderem se candidatarem à lista. Basta agora que haja expertise em apenas um dos mercados – compromissadas ou títulos públicos. De acordo com a assessoria de imprensa do BC, algumas instituições ficavam de fora dessa concorrência pelo fato de atuarem em apenas um dos nichos. A mudança deve aumentar a competitividade no processo de seleção dos dealers, ao abrir espaço para quem atua em apenas um dos nichos. Para participar do novo formato, as instituições poderão começar a se apresentar em 10 de fevereiro.
Em outro comunicado no BC Correio (circular 3.746), o Banco Central apresentou os critérios que serão levados em conta pela autarquia para a escolha dos dealers. De acordo com a assessoria do BC, não haverá alteração em relação aos quesitos já exigidos atualmente. Entre eles estão patrimônio de referência de, pelo menos, R$ 26,250 milhões, elevado padrão ético de conduta nas operações realizadas no mercado financeiro e inexistência de restrição que desaconselhe o credenciamento à critério da autarquia.