O Banco Central da Hungria decidiu deixar as taxas de juros inalteradas. A taxa de depósito de três meses ficou em 0,9% pelo terceiro mês seguido, após a autoridade monetária realizar três cortes desde março. Além disso, o BC manteve a taxa de depósito no overnight em -0,05%. Já a taxa de referência permaneceu em 1,35%. A manutenção dos juros já era esperada pelos economistas consultados pelo The Wall Street Journal.
No dia 12 de julho, o BC da Hungria decidiu reduzir o acesso dos bancos locais aos depósitos de três meses – a principal ferramenta de administração de liquidez da autoridade monetária. A partir de agosto, o banco central vai passar a oferecer os depósitos aos bancos locais uma vez por mês em vez de toda semana e também planeja limitar o volume de dinheiro que aceitará dos bancos a partir de outubro.
Ao anunciar as novas medidas, a autoridade monetária ressaltou em nota que “se o Conselho Monetário julgar necessário, no futuro poderá decidir usar ferramentas não convencionais para ajudar a impulsionar os preços”. Atualmente, a Hungria luta contra uma deflação. Em julho, o preço ao consumidor recuou 0,3% na comparação anual, bem abaixo da meta de 3,0% do BC.
O banco central da Hungria “tem o objetivo de afrouxar as condições monetárias ainda mais, empurrando a liquidez mais para o mercado de títulos do governo húngaro e mercados monetários, enquanto visa manter a taxa de juros por um tempo prolongado”, disse Eszter Gargyan, economista do Citigroup. Fonte: Dow Jones Newswires.