Banco Central cita ‘prudência’ para justificar pausa em cortar juros

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) destaca a importância da prudência na condução da política monetária no atual momento. "A prudência passa a ter papel ainda mais importante, dentro desse processo, em momentos, como atualmente, nos quais a deterioração do balanço dos riscos inflacionários reduz a margem de segurança da política monetária", destaca a ata da reunião, divulgada hoje. Na semana passada, o Copom decidiu manter a taxa Selic (juro básico da economia brasileira) estável em 11,25% ao ano, interrompendo uma seqüência de dois anos de cortes graduais dos juros.

O Copom reforça que tem optado por uma estratégia que evite volatilidade na trajetória da inflação. "Tal estratégia leva em conta as defasagens do mecanismo de transmissão e tem se mostrado a mais indicada para lidar com a incerteza inerente ao processo de formulação da política monetária", afirma o Copom.

Nesse sentido, o documento reforça a importância das projeções de inflação e de uma ação preventiva por parte da autoridade monetária. Na ata, o Copom considera "fundamental" ressaltar a existência de defasagens entre a definição da taxa de juros e seus efeitos sobre a economia. Na ata anterior, o Copom considerava "relevante" ressaltar que existe essa defasagem. "Dessa forma, a avaliação de decisões alternativas de política monetária deve concentrar-se necessariamente na análise do cenário prospectivo para a inflação e nos riscos a ele associados, em vez de privilegiar os valores correntes observados para essa variável", diz o documento, após lembrar que "parte importante" do corte de juros implementado ainda não surtiu efeito sobre a economia.

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