As populares bancas de jornal espalhadas pela cidade estão variando os produtos que colocam à venda. Além de jornais e revistas, a maior parte das banquinhas de Curitiba comercializa também cigarros, doces, chocolates e cartões telefônicos. Esses produtos já são considerados fundamentais para a existência das bancas.
Outros 61% desses estabelecimentos está vendendo livros na capital paranaense, comércio que tem apresentado crescimento constante nos últimos meses, em bancas de todo o Brasil, conforme demonstra uma pesquisa inédita realizada por uma consultoria especializada em pontos de venda, a ToolBoxTM. Em alguns lugares, ainda poucos (em torno de 7%), também é possível encontrar máquinas fotocopiadoras.
Os novos produtos tem ajudado a dar um gás no comércio das banquinhas do centro de Curitiba. O comerciante Mário Luciano Penha, conhecido como seu Penha, mantém sua banca há 26 anos na Praça Tiradentes.
Quando começou com o negócio, a venda era basicamente de jornais e revistas, realidade que foi se alterando com o passar dos anos, dando espaço para produtos diversificados, que agora têm sua vida permitida. “A venda de jornais e revistas caiu um pouco nos últimos tempos. Em compensação, sai muito refrigerante e água, principalmente em dias de calor, além do cigarro, que tem boa venda”, afirma seu Penha.
Dinheiro
Mas, para comprar essa variedade de produtos, na maioria das vezes é preciso ter dinheiro em mãos. Poucas bancas de Curitiba, apenas 26%, aceitam outras formas de pagamento, como cartões de crédito ou débito. Na pesquisa realizada, mais de 70% dos donos das banquinhas não responderam qual é a faixa de faturamento mensal. Em 7% do total das pesquisadas, a resposta foi de faturamento variando entre R$ 901 a R$ 1.350.
A procura por produtos diversos pode contribuir para ampliação dos negócios dos donos das bancas, na análise do diretor de desenvolvimento da ToolBoxTM, Luiz Sedeh. “Essas bancas de jornal têm demanda para se tornar um canal de conveniência com inúmeras oportunidades de negócios. O gargalo está na mentalidade do empreendedor em inovar. Ele precisa deixar de ser apenas um jornaleiro para ser um varejista”, diz.